Fiz uma prova de Redação no colégio, onde, havia um trecho de um livro, e nós tínhamos que complementar essa história com criatividade. Eu tirei a nota máxima, mas não sei se foi merecido. Então resolvi postar o meu texto aqui, e vocês me dizem o que acham certo ?
A casa do tio Ben
" Encontrar um fantasma não é fácil hoje em dia , mas eu encontrei um. Foi a pouco tempo , no carnaval. Queria aproveitar os três dias de folga para descansar e pensei em ir para um lugar silencioso e calmo, distante da cidade. Nenhum me pareceu melhor do que a casa do meu tio , uma casa abandonada, em que desde pequeno eu ouvira falar. Ela ficava em uma região deserta, a cinco horas de viagem da cidade . Há muitos anos estava abandonada."
A casa era fria, e caia aos pedaços, mas ainda assim me sentia bem lá , era como se ela houvesse sido feita para mim.
Nos primeiros momentos, foi tudo tão normal , tão calmo, só precisei organizar alguns móveis, tapar alguns buracos na parede e no chão, limpá-la um pouco etc . Não precisei fazer muito para me sentir em casa.
Porém , durante a noite deste mesmo dia , em meio a uma tempestade - talvez a pior que já houvera presenciado - ruídos estranhos começaram a surgir , ouvia o vendo assobiar o meu nome e as tábuas da casa começaram a ranger, como um grito de quem sente dor. A noite não foi muito agradável , não conseguia nem ao menos fechar os olhos , era como se esperasse que algo me acontecesse.
No dia seguinte , com o céu claro e o sol raiando novamente, percebi que tudo estava como antes, parecia que toda aquela aflição da noite passada não passava de um sonho, mas eu sabia que era real, bem no fundo em sabia que algo de estranho acontecera.
Passaram-se horas e quando a noite chegou, aguardei pela tempestade, pelos ruídos estranhos e pelo ranger das tábuas, mas nada aconteceu. Nesse momento comecei a questionar a minha sanidade , pois ainda assim não consegui dormir novamente.
No terceiro dia eu estava mais cansado do que quando havia chegado, e me sentia tão mal , que decidi voltar para casa e aproveitar as ultimas horas que me restavam. No ultimo momento, quando a ultima peça de roupa era colocada na mala , uma luz branca surgiu e encheu-me de paz, tinha a forma de um homem , acenou pra mim e com um sorriso no rosto, desapareceu, simplesmente desapareceu. Era o meu tio , o dono da casa , não sei dizer o porque do sorriso ou porque ele nunca mais apareceu , só sei que nunca o esqueci, e mesmo depois de anos , ainda o espero , para sentir aquela paz novamente.
Carem Guerreiro
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